Campanha pela Exclusão Digital

O advento da internet causou profundas mudanças sociais e econômicas que impactaram o mundo e nos obrigaram a lidar com situações completamente novas e para as quais a humanidade ainda não encontrou respostas.
Mudanças sociais e econômicas é o caralho.
Isso é Malandricus Bar & Vodka, não uma redação pra FUVEST. Até onde eu sei, a internet está para a cultura assim como a bomba atômica está pra guerra: todo mundo sabe que existe, tem um potencial do caralho, mas continua tudo guardado e escondido num lugar que ninguém sabe direito onde é.
Em nota completamente independente, o Malandricus Bar & Vodka está para as metáforas assim como o Vítor Belfort está pra literatura francesa.
O fato é que a internet não nos fez trabalhar menos, não permitiu o livre intercâmbio de informações (sim, meu amigo, o seu bit torrent é crime: você é tão livre pra baixar CD’s quanto é livre pra comprar cocaína) e a única coisa que eu considero realmente um grande avanço é o fato de que agora você pode comprar livros, cd’s, e diversos objetos a um preço melhor no exterior que aqui no Brasil.
SE você tiver um cartão de crédito internacional.
Na prática, nosso uso da internet envolve 20% de trabalho, 30% spam e responder emails de utilidade duvidosa, etc.; 20% de diversão; 20% de utilidade e 10% de expectativa de utilidade.
Ou seja, a internet não solucionou todos os nossos problemas, e nos criou problemas novos. Todos falamos como é bom conversar com pessoas de todos os lugares do mundo, mas esquecemos que os idiotas não moram só no nosso bairro.
Por isso que o Malandricus Bar & Vodka, capitaneado pelo Rípper, lança aqui uma campanha pela Exclusão Digital!
XeGa dI XeNti IXcrEvENdu AxxIm.
Chega de foto de churrasco na laje no Orkut.
Chega de foto de gordinhas em piscinas de mil litros!
Chega de correntes pela salvação do pequeno Alexandre Washington, que ganhará dez centavos pagos pela Yahoo! pra cada cópia do email que você encaminhar!
Chega de powerpoints com fotos photoshopadas e chantagem emocional pra que você vá na missa!
Nós não temos que tirar carteira de motorista pra dirigir? Não temos que tirar OAB pra advogar? CRM pra exercer a medicina? Nada mais justo que fazer uma prova de acesso à internet!
A prova envolveria, basicamente, conhecimentos gerais sobre a língua portuguesa e senso de realidade.
Basicamente, os candidatos deveriam fazer uma prova de português, na qual seria feito um ditado com palavras como “exceção”, “absurdo”, “excepcional”, “inconsolável”, além de uma análise de fundamentos gramaticais da língua portuguesa.
Posteriormente, uma prova de senso de realidade poderia ser feita. Sabe, algo como distinguir possível de provável, razoável de desproporcional, e conceitos simples de coerência, contradição e lógica formal.
Eu sei que isso é um pensamento elitista e segregacional. Mas se democracia fosse algo bom, São Pedro seria mesário, não julgador.

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